O coordenador nacional do Movimento para Alternância Democrática (Madem G-15) renunciou ao cargo nesta sábado, 17, durante a reunião da Comissão Política Nacional.
Braima Camará, um dos fundadores da segunda força política na Guiné-Bissau, fez o anúncio quando se dirigia a militantes e dirigentes no encontro que pretendeu analisar a prestação do partido nas eleições legislativas do passado dia 4 de Junho, nas quais o Madem G-15 saiu derrotado ao conseguir apenas 29 dos 102 deputados.
Um resultado mal digerido pela base e direcção do partido que esteve no Governo nos últimos três anos.
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“O povo não acreditou na minha estratégia e escolheu outro projecto, por isso, a única alternativa que me resta é cumprir com a minha palavra, pois sou conhecido como um homem de carácter, de princípio e um homem com honra. Portanto, perante este órgão, que fique claro, apresento a minha renuncia”, afirmou Camará, um dos principais aliados do Presidente da República.
Para ele, não há outro responsável pela derrota do partido nas últimas eleições.
“Não posso buscar bode expiatório. Não há bode expiatório. Não há dois culpados. Não há dois responsáveis. O único responsável por esta derrota eleitoral, chama-se Braima Camará”, disse.
Braima Camará, antigo dirigente do PAIGC, fundou o Madem G'15 em 2018, como resultado da expulsão dos 15 deputados do PAIGC, que, na altura, votaram contrao o programa do partido no Parlamento.
Empresário de sucesso, Camará nunca trabalhou no Estado e, embora tenha sido eleito deputado, deve regressar ao mundo dos negócios.