O líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, acusa a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) de ser parcial na resolução de conflitos regionais.
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“Quero deixar um recado muito concreto à comunidade internacional, em particular a CEDEAO, se compararem a resolução desta organização sobre a crise no Mali e da Guiné-Bissau, vão concluir que a Guiné-Bissau está sendo tratada como enteado e outros países estão a ser tratados como filhos”, diz Pereira num vídeo publicado no seu Facebook.
Veja Também PAIGC quer anulação do reconhecimento de Úmaro Sissoco Embaló por Tribunal da CedeaoNo mesmo vídeo, publicado nesta sexta-feira, 28, Pereira diz que “é bom que a comunidade internacional (CEDEAO) evite esse tipo de tratamento, caso contrário pode ser uma organização descredibilizada”.
O jurista e analista político, Luís Vaz Martins, reforça a posição de Pereira afirmando que a CEDEAO já perdeu credibilidade na resolução da crise política nos países membros.
Veja Também Representante do SG da ONU alerta para fragilidade da situação política na Guiné-Bissau“Acho que a CEDEAO já está descredibilizada, tantoque ao nível do espaço sempre há vozes que detestam o posicionamento da organização sub-regional ao que está a acontecer na Guiné-Bissau, e a posição quanto ao Mali demostra que esta organização está a agir de forma parcial”.
Reagindo a estes comentários, o analista político Françoal Dias diz que a crise política da Guiné-Bissau é diferente da Maliana, uma vez que no segundo os militares derrubaram o presidente.
“Não sei qual é a comparação que se faz, porque no Mali o que aconteceu foi um golpe de Estado, que o protocolo da CEDEAO condena - tolerância zero a golpe de Estado - enquanto na Guiné-Bissau não houve golpe de Estado,” afirma Dias.
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