O Governo da Guiné-Bissau declarou a existência do vírus do zika no arquipélago dos Bijagós.
As autoridades disseram ter registado três casos e anunciaram a criação de uma Comissão Interministerial, chefiada pelo primeiro-ministro, Baciro Djá, com o objectivo de seguir a situação e definir estratégias de combate à doença.
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A preocupação maior é que a infecção provocada pelo zika é uma doença desconhecida pelos guineenses, facto que poderá contribuir para a sua rápida propagação, a menos que os mecanismos de divulgação e de prevenção se apresentem mais oportunos e eficazes.
Plácido Cardoso, presidente do Instituto Nacional de Saúde, disse que “há medidas de saneamento que devem-se ocorrer nas embarcações marítimas e a nível aeroportuário".
"Há eixos de intervenção que estamos a levar a cabo em Bubaque e outras ilhas com armadilhas para captação de diferentes insectos para podermos conhecer o perfil etimológico nas diferenças localidades da Guiné-Bissau”, revelou Cardoso.
Uma das apostas das autoridades guineenses é a prevenção, tendo em conta a presente época chuvosa.
”Já tínhamos começado e continuamos o processo de prevenção do vírus do zika no pais. Estamos empenhados nas várias frentes na comunicação, sensibilização da comunidade e formação dos técnicos de saúde, assim como a nível laboratorial”, garantiu o presidente do Instituto Nacional de Saúde.
O arquipélago dos Bijagós, onde o Governo confirma a existência de três casos de zika, é uma zona frequentada por turistas estrangeiros, na sua maioria europeus.
Por telefone, um dos habitantes de Bubaque e membro da Associação dos Jovens para Promoção daquela Cidade, uma organização juvenil local, Énio Lima, disse à VOA haver muita preocupação na região.
"Esta situação nos preocupa muito aqui nas ilhas. Todo o mundo fala agora do zika porque as ilhas não dispõem de postos sanitárias à altura. No passado, nós da associação fizemos várias campanhas de sensibilização sobre zika e ébola, mas agora estamos surpreendidos".