Ban Ki moon quer "roteiro" internacional para a Guiné-Bissau

Ban Ki moon

Secretário geral da ONU rejeita eleições programadas pelas autoridades "de facto" guineenses.
O Secretário-geral da ONU Ban Ki moon vai propôr Terça-feira um roteiro político elaborado pela União Africana, Nações Unidas, países da africa ocidental e CPLP para se resolver a crise na Guiné-Bissau.


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Conselho de Segurança vai analisar Guiné Bissau



O Conselho de Segurança da ONU reúne-se Terça-feira em Nova Yorque e em análise vai estar um relatório de Ban Ki Moon em que este pinta um quadro sombrio sobre a situação no país. Ban Ki Moon diz ainda que não existe ambiente para a realização de eleições como programado pelas autoridades saídas do golpe de estado

No seu relatório Ban Ki moon diz que a missão da ONU em Bissau deverá intensificar esforços coma União Africana para um encontro o mais ràpidamente possível entre representantes das autoridades de facto da Guiné Bissau e o governo deposto para acordar nas próximas etapas “para se restaurar a ordem constitucional”.

Ban diz que estão ser levados a cabo esforços para se estabelecer um roteiro político elaborado pela União Africana, a ONU, a União Europeia, a Comunidade de estados da África ocidental, CEDAO e Comunidade de países língua portuguesa a CPLP em consulta com as forças política guineses para se restabelecer a ordem constitucional.

No documento o Secretário-geral da ONU revela que em Setembro o presidente de transição na Guiné Bissau Serifo Nhamadjo se reuniu em Nova Yorque com o deposto presidente Raimundo Pereira e que subsequentemente os ministros dos negócios estrangeiros do governo deposto e das actuais autoridades se tinham também reuunido e alcançado um acordo princípio.

Segundo Ban Ki moon tinha-se acordado nesse encontro no envio para a Guiné Bissau de uma missão conjunta da União Africana, ONU, CEDAO, União Europeia e CPLP e que a União Africana iria negociar uma reunião em Addis Abeba entre representantes das duas partes.

Contudo o Secretário-geral da ONU faz notar que subsequentemente as actuais autoridades na Guiné-Bissau tinham acusado a ONU de não jogar um papel de reconciliação.

Ban ki moon acusa as autoridades guineenses de terem “ilegalmente “ passado buscas a veículos da ONU em Bissau afirmando ainda que funcionários nacionais e estrangeiros da ONU foram “intimidados por pessoal das forças de segurança e dos serviços secretos”.

O dirigente da ONU manifesta o que diz ser profunda preocupação pela continua influência das forças armadas sobre as questões política do país e cita violações de direitos humanos e actos de intimidação pelos militares.

Ban Ki moon disse haver provas de um aumento do tráfico de drogas e actividade de crime organizado no país desde o golpe de estado de 12 de Abril.

O Secretário geral da ONu refere-se no seu relatório aos “preparativos” que “as autoridades de facto” da Guiné-Bissau estão a fazer para realizar eleições presidenciais e legislativas mas tonar claro que a ONU não apoia tais esforços.

“O actual ambiente político em que as partes nacionais interessadas estão profundamente divididas sobre a administração do processo de transição e sobre o futuro do país não é um ambiente propício,” diz o relatório

Poa Ban Ki moon a Guiné Bissau faz face a a consequências desastrosas para sua população se o impasse continuar