Um ano após o regresso da Guiné-Bissau à normalidade constitucional, o país prepara agora um conferência nacional de reconciliação. Uma iniciativa da qual se espera transparência e responsabilização, antes de se cicatrizar as feridas de um país com um longo historial de instabilidade.
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A comissão organizadora da conferência é integrada por 32 personalidades, entre académicos, membros de organizações da sociedade civil, dirigentes políticos e religiosos e juristas.
Nas ruas, os cidadãos revelam uma enorme expectativa quanto ao trabalho desta comissão e da conferência nacional.
Eliseu Aguinaldo da Silva aplaude a iniciativa, mas espera que não seja uma reconciliação de fachada. Primeiro, quer conhecer os culpados para depois falar de uma eventual amnistia e reconciliação.
Na mesma linha, Januário Jaló, que há nove anos estava fora do país, diz ter acompanhado no Brasil e no Reino Unido “amargamente os acontecimentos violentos que marcaram a terra que o viu nascer, através da imprensa. Por isso concorda com a iniciativa e augura um futuro melhor para a Guiné-Bissau.
A Comissão Nacional para a Preparação da Conferência de Reconciliação na Guiné-Bissau é liderada por Domingos da Fonseca, vigário-geral da diocese de Bafatá, no leste do país, igualmente padre da Igreja de Buba, no sul da Guiné-Bissau, que já apontou a promoção da paz como o seu principal objectivo.