Guiné Bissau é ainda um "narco-Estado", diz Departamento de Estado

Drogas circulam livremente pelas fronteiras do país

Estados Unidos acusam destacadas entidades do país

A Guiné-Bissau continua a ser um “narco-Estado” em que traficantes de drogas “infiltraram as estruturas do Estado e operam com impunidade”, denunciou o Departamento de Estado americano.

No seu Relatório Anual Sobre Estratégia para o Controlo Internacional de Narcóticos”, o Departamento de Estado faz notar que o Chefe de Estado- Maior da Força Aérea Ibraima Papa Camara permanece na sua posição, apesar de ter sido designado como estando envolvido no tráfico de drogas.

Para os americanos, este facto “indica que destacadas entidades do Governo continuam envolvidos no comércio de drogas e sublinham a amplitude da cumplicidade com traficantes de drogas ao mais alto nível”.

O Departamento de Estadp lembra existir um mandado de captura contra o antigo Chefe de Estado Maior das Forças Armadas, António Indjai, por tráfico de drogas e terrorismo.

Cabo Verde é outro país africano de língua portguesa citado no relatório por ser "vulnerável a operações de lavagem de dinheiro”.

Devido à sua localização, o arquipélago “é um importante ponto de trânsito para narcóticos em direcção à Europa a partir da América do Sul”, diz o documento que, contudo faz notar, que “a corrupção do sector publico é limitada e não parece contribuir paraa lavagem de dinheiro em Cabo Verde”.

“Com apoio de doadores internacionais, Cabo Verde fez um esforço para aumentar a sua capacidade de combater à lavagem de dinheiro", conclui o documento do Departamento de Estado americano.