Os integrantes do Conselho de Segurança expressaram neste Domingo, 4, a sua "grave preocupação" em relação ao impasse político na Guiné-Bissau.
Em comunicado, eles instaram os actores nacionais a cumprirem a Constituição e o estado de direito enquanto tentam encontrar uma solução política para a crise através do diálogo.
Na semana passada, o representante especial do secretário-geral da ONU e chefe do Escritório Integrado da ONU na Guiné-Bissau, Uniogbis, Modibo Touré, falou ao Conselho sobre a situação no país.
Na nota deste Domingo, o órgão instou as forças de segurança da Guiné-Bissau a "manterem sua não-interferência na situação política" e "o respeito pelo controle civil".
Diálogo
Os integrantes do Conselho destacaram a “necessidade urgente de garantir um governo funcional e saudaram o diálogo em curso” entre o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, PAIGC, e o Partido da Renovação Social, PRS.
Eles também convidaram doadores a cumprir as promessas feitas na chamada "mesa redonda de Bruxelas", realizada em Março de 2015, "tendo em mente o impacto do impasse político na implementação destes compromissos".
O Conselho de Segurança referiu no mesmo comunicado o desafio de "combater o tráfico de drogas ilícitas e crime organizado" e instou "o envolvimento positivo das autoridades da Guiné-Bissau e o apoio de doadores internacionais neste sentido".
O órgão reiterou também o seu compromisso em continuar a monitorar a actual crise política e “expressou estar pronto para tomar as medidas necessárias para responder" caso a situação do país piore.