A Guiné-Bisau comemora esta semana 42 anos da proclamação da independência.
Nino Vieira, presidente da primeira Assembleia Nacional Popular proclamou a independência da Guiné-Bissau nas matas de Colinas de Boe.
Teadora Inácia Gomes, actualmente com 81 anos de idade, fez fazer parte das poucas pessoas que procuraram e encontraram o local da proclamação da Independência Nacional, entre Luís Cabral e Nino Vieira.
Uma das pessoas que assistiram à proclamação da independência foi Zé Lopes, conhecido pelos então guerrilheiros, através da sua voz, com a qual animava diferentes frentes de combate.
Enfermeiro de profissão, tal como o pai, aquando da declaração unilateral da independência da Guiné-Bissau, tinha 29 anos na altura.
Proclamada a independência, na ausência do fundador das nacionalidades da Guiné e Cabo Verde, Amílcar Lopes Cabral, assassinado meses antes, o objetivo era cumprir o programa maior: desenvolver o país em todas as suas dimensões.
A esperança dos jovens era evidente, como lembra Rui Landim.
Antes da independência, sob a visão ideológica do general português que dirigia a luta contra o Partido Africano para a Independência de Cabo Verde e Guiné-Bissau(PAICV) António Spínola, começava-se a criar uma estrutura social e económica, de certa forma orientada, na lógica da criação de uma elite própria guineense.
Hoje, 42 anos depois, apesar dos testemunhos que recordam a gesta independentista dos combatentes do PAICV, a situação não é a desejada pelos que presenciarem o 24 de Setembro de 1973.
No entanto, os combatentes e a geração de então dizem não arrepender-se de terem colocado a sua vida em risco a favor da independência do país.
Oiça a reportagem que integra uma série sobre o 42o. aniversário da independência da Guiné-Bissau.
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