O Presidente da Guiné-Bissau continua nesta terça-feira os seus esforços na busca de solução para a crise política, despoletada desde Agosto do ano passado com a demissão do primeiro Governo do PAIGC, liderado por Domingos Simões Pereira.
Todas as atenções estão voltadas agora nos encontros que José Mário Vaz está a promover desde ontem com os actores políticos, diplomáticos e da representantes da sociedade civil.
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Hoje, o Chefe de Estado vai tentar superar os pontos de divergência, que ainda prevalecem e que têm dominado os discursos das partes em contenda.
O PAIGC mantém a sua posição de expulsar os 15 deputados do partido, decisão sustentada também pela mesa da Assembleia Nacional Popular, presidida por Cipriano Cassamá. Cassamá que ontem, à saída da reunião com o Presidente José Mario Vaz, sublinhou a irreversibilidade da medida.
Do lado da oposição, o entendimento do PRS, segunda força política guineense, é que Cipriano Cassamá perdeu a legitimidade de presidir o Parlamento, adiantando que o Governo de Carlos Correia deve ser demitido por Vaz, observando a resolução saída da mesa pós-Cipriano Cassamá e assumida por Alberto Nambeia, presidente daquele partido.
Na esfera judicial, o Tribunal Regional de Bissau notificou hoje os deputados do PRS e os 15 expulsos do PAIGC, no âmbito da providencia cautelar interposta pela mesa do parlamento, facto que um alto dirigente do PRS, que pediu o anonimato, qualificou de absurdo, alegando eles deviam ser notificados antes de o tribunal tomar qualquer decisão.