A companhia de dança norte-americana Step Afrika!, que se encontra em Angola através do programa "Enviado de Cultura", do Departamento de Estado, faz a sua segunda apresentação nesta terça-feira, 24, em Luanda.
No sábado, 21, apresentou-se, juntamente com e o Ballet Tradicional Kilandukilu, de Angola, na Casa das Artes do Talatona.
A visita a Angola enquadra-se nas comemorações dos 400 anos da ligação histórica existente entre os dois países, com a chegada, em 1619, à cidade de Jamestown, actual Estado americano da Vírginia, dos primeiros africanos escravizados, originários do actual território de Angola.
Para a embaixadora americana em Luanda, Nina Maria Fite, a apresentação dos dois dois grupos visa igualmente aprofundar as relações de amizade e laços económicos entre os dois povos.
“Espalhar as nossas culturas e educação é tão importante como estender os nossos laços económicos e políticos”, afirmou a diplomata, considerando a exibição um gesto especial das duas companhias de danças.
“É tão especial ver estas duas grande companhias a exibirem”, exclamou Fit.
A tradição
O Step Afrika!, fundado em 1994, é a primeira companhia de dança profissional dedicada à tradição do stepping (sapateado) , tem estado a evoluir a forma de dançar para incluir outros estilos, como sapateado moderno e hip hop, conquistando novos públicos em todo o mundo.
O grupo promove a valorização do Step (sapateado) e o seu uso como uma ferramenta educativa, motivacional e saudável para jovens de comunidades carentes.
A companhia cumpre essa missão através de actividades de educação artística, programas de intercâmbio cultural internacional e apresentações motivacionais em todo o mundo.
O stepping (sapateado) foi desenvolvido fora de uma tradição rica em comunidades africanas que usam movimento, palavras e sons para comunicar lealdade a um grupo.
Embora seja uma forma de arte distinta, o stepping mantém notáveis semelhanças com os géneros africanos de movimento, como o Gumboot - um estilo de performance originalmente concebido por mineiros na África do Sul como uma alternativa à bateria, que foi banida pelas autoridades.