Greve de fome em Luanda para protestar contra 'assassinatos" da polícia

Baixa de Luanda, Angola

Um cidadão angolano iniciou uma greve de fome em Luanda para exigir a exoneração do ministro do Interior, Eugénio Laborinho, e do Comandante Geral da Policia Nacional, Paulo de Almeida, a quem atribui responsabilidades por “assassinatos” que a polícia angolana terá cometido.

Alcebíades Kopume já foi secretário provincial da UNITA na Huíla, mas diz que o seu protesto em forma de greve de fome é na condição de cidadão solidário com as vítimas do que considera execuções da polícia e, por outro, para pressionar o Presidente da República a tomar uma posição em relação a esses “assassinatos”.

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"O Presidente da República tem a oportunidade de se demarcar da posição dos seus colaboradores, nomeadamente o ministro do Interior pelas palavras ameaçadoras que proferiu e o Comandante Geral da Polícia Nacional que, está claro, não tem competências para comandar a polícia, responsável pelos inúmero assassinatos de cidadãos que vêm ocorrendo quase dia a dia”, defendeu Kopume, acrescentandom "ou o Presidente se demarca exonerando esses colaboradores ou então estará a assumir-se como mandante deles", acrescentou.

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Alcebíades Kopume começou na segunda-feira, 15 de junho, a greve de fome no Largo da Independência, defronte à estátua do primeiro Presidente angolano Agostinho Neto.