O Sindicato dos Enfermeiros e Técnicos de Saúde da Guiné-Bissau iniciou nesta quarta-feira, 16, uma greve de sete dias para exigir a regularização da carreira, pagamentos de dívidas em atraso e melhores condições de trabalho.
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E nas primeiras horas do dia, registaram-se os primeiros impactos.
Vários pacientes não foram atendidos no Hospital Nacional Simão Mendes, o maior centro hospitalar do país, e mulheres grávidas tiveram de recorrer a clínicas privadas e ao Hospital Militar.
“A minha filha está doente, estamos aqui e não fomos atendidos, agora não sei como fazer”, disse à VOA uma mãe, enquanto outra lamentou que “temos crianças e adultos doentes, viemos com os nossos filhos para fazer o tratamento”.
Yoio João Correia, presidente do Sindicato Nacional de Enfermeiros e Técnicos de Saúde e Afins, explica que “independemente das situações acordadas, há falta de condições de trabalho e pessoas colocadas desde 2014/2015, mas que não se efetivaram".
Ele justificou a adesão à greve com o fato dos técnicos de saúde quererem “uma mudança social e a dignificação da classe, sobretudo um sistema de saúde melhor para que possa dar respostas na hora de acordo com as demandas da população guineense”.
Frente a esta situação, o sociólogo Infali Donqui aconselha o Governo a encontrar uma solução rápida porque “a greve no setor de saúde vai ter um impacto negativo, sobretudo no momento em que o mundo está preocupado com situação da pandemia de Covid-19”.
A paralisação no setor de saúde acontece numa altura em que o país regista 2.303 casos de coronavírus, dos quais 1.472 recuperados e 39 óbitos.