O Governo são-tomense ameaça retirar terras a quem não as trabalha.
O aviso foi deixado pelo ministro da Agricultura, Francisco Ramos, nesta semana face a inúmeros casos de parcelas de terra abandonadas no quadro do processo de privatização agrícola feito há mais de 20 anos.
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Nos finais dos anos de 1980 centenas de hectares de terras agrícolas foram redistribuídas com o objetivo de combater a pobreza, depois da nacionalização das roças em 1975.
Passadas mais de duas décadas a maioria dessas terras entregues a agricultores, políticos e a outros sectores encontra-se abandonada.
A situação obrigou o governo, através do ministro da Agricultura a deixar um aviso aos detentores de títulos de posse de terras do Estado.
“Nós vamos retirar toda a parcela de terra que não seja produtiva, seja ela pequena ou meia parcela", revelou Ramos.
O economista Zeferino Ceita e antigo diretor do projecto de privatização agrícola diz ver com bons olhos o aviso deixado pelo ministro.
“Se o pais rentabilizar todas as terras abandonas com mais produção agrícola, nomeadamente cacau, pimenta e baunilha a economia irá crescer e haverá mais emprego para os jovens”, afirma Ceita à VOA.
Aquele especialista não defende uma nova reforma agrária no país mas encoraja o Governo a retirar as terras abandonadas e não produtivas.