O novo Governo são-tomense proibiu a circulação de viaturas do Estado fora das horas normais de expediente e suspendeu todas as viagens ao exterior financiadas com fundos públicos, entre outras medidas para travar a decadência financeira.
Nas suas primeiras medidas após a posse, o Executivo de Patrice Trovoada ordenou também o pagamento dos salários em atraso, exonerou os directores de todos órgãos de comunicação social do país e indicou novas figuras para assegurar os serviços da TVS, Rádio Nacional e STP-Press.
Também foi determinado o regresso até o próximo sábado, 19, de todos os membros dos órgãos de gestão da administração pública que se encontram em missão oficial de serviço no estrangeiro, incluindo os das empresas públicas e institutos públicos e autónomos.
As viagens ao exterior com fundos públicos, quer sejam do tesouro público, quer sejam de empresas públicas ou de institutos públicos e autónomos, também estão suspensas, “devendo as situações excepcionais serem analisadas e autorizadas pelo ministro da tutela”, lê-se também entre as decisões da primeira reunião do Conselho de Ministros.
O executivo justifica as suas primeiras medicas com a “necessidade urgente de contenção de despesas” e sublinha que a situação financeira do país é extremamente preocupante.
No comunicado, o Executivo faz saber que orientou o Ministério das Finanças a tomar todas as medidas para a efectivação do pagamento dos salários do mês de Outubro ainda em atraso.
Além das mexidas nas direções dos órgãos de comunicação social, foi também exonerado a seu pedido o secretário-geral de Segurança Interna do país, João Pedro Alvin, substituído temporariamente por Raul Cravid, antigo ministro da Administração Interna.
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O Comandante da Unidade de Proteção dos Dirigentes do Estado também foi substituído.
O Governo de Patrice Trovoada tomou posse na segunda-feira, 14, e é integrado por 11 membros, sendo quatro mulheres.