Diplomatas africanos e três ministros sul-africanos decidiram nesta sexta-feira, 5, em Pretória, formar um grupo de trabalho para lidar com a xenofobia ou criminalidade contra estrangeiros na África do Sul.
A reunião sobre xenofobia ou criminalidade que juntou três ministros sul-africanos e diplomatas de países do continente, do Bangladesh e do Paquistão durou cerca de três horas e foi à porta fechada.
A representante de Angola em Pretória reconhece que há menos segurança e pede acção do Governo.
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A chefe da diplomática sul-africana, Lindiwe Sisulu, promotora do encontro, disse no final aos jornalistas que as duas partes chegaram à conclusão de que não seria possível lidar com o assunto de xenofobia ou criminalidade contra estrangeiros em apenas uma ou duas reuniões à porta fechada e decidiram formar uma equipa de trabalho composta por três ministros do Governo e dois representantes da comunidade diplomática.
Sisulu reiterou que os estrangeiros são bem-vindos a África do Sul, "mas devem obter documentação legal para fazer negócios ou trabalhar no país".
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Menos segurança
A governante reconheceu que o nível de criminalidade é bastante elevado na África do Sul e assusta potenciais investidores necessários para criação de postos de trabalho.
Por seu lado, a embaixadora de Angola, Maria Filomena Delgado, reiterou que de algum tempo a esta parte a segurança baixou "mesmo na zona residencial dos diplomatas" e afirmou esperar que o Governo tome medidas.
A ministra Lindiwe Sisulu disse que o diálogo entre diplomatas e governo sul-africano deve ser permanente para esclarecer mal entendidos, agravados pela circulação de falsas noticias nas redes sociais.
Para o ministro da Policia, Bheki Cele, "há comunidades de imigrantes que vivem em paz com sul-africanos".
O ministro entregou aos diplomatas dados numéricos de estrangeiros envolvidos em crimes e nacionalidades que praticam certos crimes na África do Sul, mas evitou partilhar a informação com jornalistas.
Os governantes sul-africanos recusam liminarmente dizer que os incidentes registados em Durban e em outras zonas da África do Sul são motivados pela xenofobia contra estrangeiros.
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