Os líderes portugueses estiveram reunidos a salvar o governo de coligação apos saída de dois ministros. A tempestade política em Portugal tem feito estremecer os mercados , o que para os analistas é um indicador que a crise na zona euro está longe do fim
Um porta-voz do governo português disse esta quinta-feira que as conversações entre o primeiro-ministro e os parceiros da coligação decorriam numa atmosfera positiva. Poucos detalhes foram avançados oficialmente, mas a estação de rádio católica, Renascença, avançava que o ministro dos estrangeiros demissionário, Paulo portas, do CDS – parceiro na coligação – e cujo pedido de demissão precipitou a crise, passaria a ser vice-primeiro-ministro, e que os dois ministros do CDS permaneciam no governo.
Também esta semana apresentara demissão o ministro das Finanças. Vitor Gaspar. As demissões seguem-se a um alargado descontentamento em Portugal com as duras medidas de austeridade impostas.
Ramon Pacheco Pardo, do departamento de estudos Europeus e Internacionais do King’s college London diz que esta é uma mudança para o governo português, que até agora aparecia unido no processo de austeridade.
Para Pacheco Pardo é uma acção na política portuguesa indicadora de que há pessoas que querem deixar claro que não concordam com as politicas que estão a ser implementadas por imposição da troika. “Estamos a ver que o acordo alargado que se dizia existir entre os principais partidos políticos de facto não existe’ sublinha.
Ainda não é muito claro o que irá acontecer, se o governo se irá aguentar ou se haverá eleições nos próximos meses.
O governo está a trabalhar na finalização de um pedido de
102 bilhões de dólares para o próximo ano. Mas as medidas de austeridade são uma exigência para o empréstimo internacional que forçou o país a entrar na pior colapso económico desde os anos 70.
Pardo nota que a determinação do governo em prosseguir o curso de austeridade pode está a esvanecer.
E se Portugal começa a afastar-se das medidas de austeridade, outras nações europeias podem seguir-lhe o exemplo – como é o caso da Grécia, onde os políticos podem não ter vontade de empreender cortes.
Os mercados reagiram rapidamente à instabilidade política em Portugal. A taxa das obrigações soberanas a dez anos subiu para 8% na quarta-feira – próximo dos níveis de há dois anos, quando Portugal for forcado a pedir resgate.
Christian Schweiger, perita em questões europeias da Universidade de Durham University, diz que a reacção dos mercados é preocupante porque mostra que “a crise europeia não terminou de facto. “ Acrescenta que Portugal não está sozinho. O descontentamento popular com as medidas de austeridade é generalizada a toda a Europa, entre outras coisas devido ao aumento da taxa de desemprego entre os jovens. Pelo que a instabilidade pode aumentar noutros países da zona euro.
“Se olharmos para Chipre por exemplo não se ouve nada nas ultimas semanas, mas não sabemos se não pode ocorrer uma situação semelhante ali que provoque os enormes protestos contra as medidas de austeridade que Chipre terá que por em prática.”
A troika de auditores, da União Europeia e do Fundo Monetário internacional, chega a Portugal no dia 15 de Julho para rever os progressos feitos pelo país nas reformas económicas. Reformas que são pré-requisito para Portugal receber a próxima tranche do empréstimo internacional.
Também esta semana apresentara demissão o ministro das Finanças. Vitor Gaspar. As demissões seguem-se a um alargado descontentamento em Portugal com as duras medidas de austeridade impostas.
Ramon Pacheco Pardo, do departamento de estudos Europeus e Internacionais do King’s college London diz que esta é uma mudança para o governo português, que até agora aparecia unido no processo de austeridade.
Para Pacheco Pardo é uma acção na política portuguesa indicadora de que há pessoas que querem deixar claro que não concordam com as politicas que estão a ser implementadas por imposição da troika. “Estamos a ver que o acordo alargado que se dizia existir entre os principais partidos políticos de facto não existe’ sublinha.
Ainda não é muito claro o que irá acontecer, se o governo se irá aguentar ou se haverá eleições nos próximos meses.
O governo está a trabalhar na finalização de um pedido de
102 bilhões de dólares para o próximo ano. Mas as medidas de austeridade são uma exigência para o empréstimo internacional que forçou o país a entrar na pior colapso económico desde os anos 70.
Pardo nota que a determinação do governo em prosseguir o curso de austeridade pode está a esvanecer.
E se Portugal começa a afastar-se das medidas de austeridade, outras nações europeias podem seguir-lhe o exemplo – como é o caso da Grécia, onde os políticos podem não ter vontade de empreender cortes.
Os mercados reagiram rapidamente à instabilidade política em Portugal. A taxa das obrigações soberanas a dez anos subiu para 8% na quarta-feira – próximo dos níveis de há dois anos, quando Portugal for forcado a pedir resgate.
Christian Schweiger, perita em questões europeias da Universidade de Durham University, diz que a reacção dos mercados é preocupante porque mostra que “a crise europeia não terminou de facto. “ Acrescenta que Portugal não está sozinho. O descontentamento popular com as medidas de austeridade é generalizada a toda a Europa, entre outras coisas devido ao aumento da taxa de desemprego entre os jovens. Pelo que a instabilidade pode aumentar noutros países da zona euro.
“Se olharmos para Chipre por exemplo não se ouve nada nas ultimas semanas, mas não sabemos se não pode ocorrer uma situação semelhante ali que provoque os enormes protestos contra as medidas de austeridade que Chipre terá que por em prática.”
A troika de auditores, da União Europeia e do Fundo Monetário internacional, chega a Portugal no dia 15 de Julho para rever os progressos feitos pelo país nas reformas económicas. Reformas que são pré-requisito para Portugal receber a próxima tranche do empréstimo internacional.