O combate à erosão nas cidades de Nacala Porto e Ilha de Moçambique terá de esperar, em virtude de o Governo provincial de Nampula não ter fundos.
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Em Nacala Porto, a erosão ameaça cerca de 10 mil pessoas, incluindo o porto, enquanto a cidade da Ilha de Moçambique corre o risco de desaparecer.
A situação é grave e a opção do executivo é procurar apoio a nível interno e externo.
Nas duas cidades, a erosão é um problema antigo, que tem vindo a agravar-se devido ao aquecimento global e outros fenómenos ambientais, dizem especialistas.
Artur Afonso, pesquisador ambiental e docente universitário, adverte que a erosão vai continuar nos próximos tempos, porque tem origem em causas que não são do controle directo do Homem.
Policarpo Napica, director provincial do Ambiente e Desenvolvimento Rural, afirma que o problema compromete o desenvolvimento socio-económico, mas que o executivo não tem capacidade para o enfrentar.
Enquanto não há dinheiro, a ideia neste momento é usar meios locais para fazer a intervenção nalgumas áreas.
Para Afonso, devem ser feitas intervenções e, numa primeira fase, pode-se pensar em estratégias de engenharia mais leve.
No futuro, com mais recursos, pode-se avançar para intervenções em engenharia mais avançada.
Aquele pesquisador apela para o fim de construção de mais infraestruturas em áreas de risco e defende o reassentamento das famílias residentes nas referidas áreas.