A diplomacia moçambicana já está a mexer-se nos corredores internacionais para apresentar a sua candidatura a membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU.
Your browser doesn’t support HTML5
“Estamos a fazer um trabalho interno ao nível regional da SADC, e é um processo que depois seguirá para o nível da União Africana, até chegar ao nível da candidatura para a eleição, em 2022”, explica Manuel Gonçalves, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.
Calton Cadeado, docente em Relações Internacionais e diplomacia, destaca a importância de se ser membro do Conselho de Segurança, mas considera ser importante que o país conheça os objectivos estratégicos dessa opção.
“Moçambique quando vai para lá vai com um interesse, e é preciso sabermos que interesse é esse. Tudo o que podemos falar agora seria especulativo porque o Governo ainda não disse o que é, contudo, a título especulativo, podemos dizer que Moçambique, perto do poder que manda no mundo, pode, por exemplo, aproveitar para falar da situação de Cabo Delgado e fazer mais coisas a seu favor”, defende aquele académico.
Por seu lado, o director-adjunto do Centro dos Estudos Estratégicos e Internacional, Emílio Zeca, considera que as possibilidades de Moçambique ser eleito são, de certa forma, consideráveis.
“Os membros não permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas são eleitos por representatividade regional e nós temos uma vantagem que é estar numa região que é a SADC em que os consensos para participar destas iniciativas são convergentes na organização”, avalia Zeca.
Para já, ao nível do Parlamento, o Governo já está a trabalhar nos corredores para conseguir apoio dos parlamentos da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).