O Governo moçambicano anunciou hoje, m16, a intenção de não prolongar a missão de observadores militares internacionais que supervisionam a aplicação do acordo de cessação das hostilidades de Setembro passado.
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No final da ronda 94 do diálogo político, o Executivo disse que, apesar da tarefa central estar ainda por supervisionar, a missão não vai ser prorrogada.
No prazo de 135 dias, a Equipa Militar de Observadores para a Cessação das Hostilidades Militares tinha como principal missão supervisionar a desmilitarização e integração dos homens residuais da Renamo.
A uma semana do fim do prazo, os homens de Afonso Dhlakama continuam de armas em punho e nem sequer há acordo sobre o início da desmilitarização. Mesmo assim, o Governo diz que não pretende prorrogar o prazo dos observadores internacionais.
''Nós achamos que não há condições de prolongarmos a missão, pelo facto de a sua principal tarefa, que era de supervisionar a desmilitarização, não estar a acontecer, já que a Renamo não se dispos a fornecer os homens para o efeito. Vamos continuar a tratar destas questões sem a presença dos observadores internacionais',' disse José Pacheco, chefe da delegação do governo.
Por seu lado, a Renamo não concorda com o fim da missão dos observadores militares internacionais e defende a sua extensão até ao fim da implementação do Acordo de Cessação das Hostilidades.
"Nós achamos que a missão deve continuar. O acordo de cessação das hostilidades estabelece que o processo deve ser acompanhado por observadores internacionais, neste caso, a Emochm e queremos que eles levem a missão até ao fim", disse Saimone Macuiane, chefe da delegação da Renamo.
Até aqui, desconhece-se o posicionamento oficial dos observadores militares internacionais, contudo fontes paralelas dizem que paira algum descontentamento pelo facto de o Governo e a Renamo estarem em constantes desacordos sobre o processo de desmilitarização e integração.