O Governo de Moçambique necessita de cerca de 400 milhões de dólares americanos para reabilitar a Linha Férrea de Machipanda, no centro do país, e uma das principais portas de entrada e saída de produtos para alguns países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral sem acesso directo ao mar, como é o caso do Zimbabwe.
Para tornar a Linha de Machipanda mais competitiva o Governo moçambicano está à procura de fundos.
Com uma extensão de 317 quilómetros, a linha parte da Beira, onde se localiza o segundo maior porto moçambicano, até Machipanda, uma área da Província de Manica, que faz fronteira com o Zimbabwe, o principal utilizador da Linha de Machipanda.
O ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Carlos Mesquita, reconhece que a linha não é muito utilizada como antes.
Para tornar a linha de Machipanda mais competitiva, o Governo moçambicano está à procura de 400 milhões de dólares.
Devido ao tráfego não ser suficiente para garantire a mobilização do financiamento via banca, o Executivo quer fazer uma reabilitação de emergência, entre os anos 2017 e 2018.
Os montantes virão de receitas próprias da empresa Caminhos de Ferro de Moçambique e alguns empréstimos garantidos através de contratos denominados take or pay.
Neste momento, pela Linha de Machipanda são transportados, por ano, 177 mil passageiros e um volume de carga estimado em 600 mil toneladas, o que representa 10 por cento da quota do mercado.
Com os investimentos, o ministro dos Transportes e Comunicações pretende que a capacidade passe dos actuais um milhão e quinhentos mil para três milhões de toneladas/ano.
Espera-se igualmente que os comboios consigam alcançar a velocidade de 50 quilómetros/hora contra os actuais 30 quilómetros.