O Governo da Guiné-Bissau reuniu-se nesta quinta-feira, 10, o seu primeiro Conselho de Ministros, numa semana em que está confrontado com a greve geral de três dias decretada pela União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG).
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A central sindical guineense prevê uma nova paralisação a menos que o Executivo atenda às suas exigências.
No topo da lista das exigências, os servidores do Estado exigem reajuste salarial, acordado em Novembro do ano passado com o Governo de Umaro El Mokhtar Sissoco Embalo.
Entretanto, no final do encontro, Agnelo Regala, ministro da Presidência do Conselho de Ministros, considerou prioritário organizar eleições em Novembro.
Regala, entretanto, abordou a greve, dizendo que o Executivo “precisa de algum tempo para poder analisar aquilo que foi o acordo estabelecido com o Governo anterior, que, aliás, era inconstitucional e cujos actos não correspondem”.
O Conselho de Ministros também decidiu por um maior controlo das empresas e serviços públicos geradores de receitas para os cofres do Estado.
Neste particular,segundo o comunicado do Conselho de Ministros, o primeiro-ministro Aristides Gomes prometeu associar-se aos esforços do Tribunal de Contas na promoção de auditórias às contas públicas.
Aquele órgão entregou recentemente ao Ministério Público relatórios de contas sobre a gestão de algumas empresas estatais, nomeadamente Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau, Autoridade Reguladora Nacional (ARN), Administração dos Portos da Guiné-Bissau e Agencia Nacional da Aviação Civil.
Fontes conhecedoras do processo dizem haver graves irregularidades naquelas empresas, com fortes indícios de corrupção.