O Governo guineense endureceu as medidas de controlo as instituições estatais, através de uma decisão do Primeiro-ministro, conforme a qual, doravante, são proibidas as operações de pagamentos e recebimentos, em numerários, nas operações que envolvem entidades públicas.
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É uma decisão que está a gerar algum clima de pressão, por parte de certos círculos políticos que integram o executivo.
Fonte do Governo disse que as operações de recebimentos ou pagamento devem ser efectuadas, através dos bancos existentes no país.
“Trata-se de um mecanismo de seguimento e controlo apertado sobre a gestão dos fundos do Estado”, adiantou, à VOA, um membro do Gabinete do Primeiro-ministro, Aristides Gomes.
As autoridades governamentais abrem, todavia, algumas excepções aos serviços hospitalares, assim como serviços públicos localizados nas regiões ou sectores sem serviços bancários.
Em alusão à eventuais resistências, a esta decisão, o governo admitiu aplicar medidas especiais de fiscalização e de cobrança para as entidades públicas que não observarem as novas orientações.
As autoridades justificam a medida pelo facto de os últimos relatórios de auditoria do Tribunal de Contas apontarem evidências de graves irregularidades na gestão das entidades estatais auditadas, entre as quais, a Empresa de Electricidade e Águas, Autoridade Reguladora Nacional, Administração dos Portos e Instituto Nacional de Segurança Social.