O Governo da província angolana de Cabinda reagiu neste domingo, 11, às acusações da CASA-CE, que responsabilizoua governadora Aldina da Lomba Katembo, de ter dado a ordem para a detenção, no território da República Democrática do Congo (RDC), de material de propaganda de militantes afecto à coligação que viajava via terrestre de Luanda para a província de Cabinda.
A acusação, segundo uma nota de imprensa do Governo provincial, não corresponde à verdade.
A RDC, prossegue a nota a que a VOA teve acesso, “é um pais livre, independente, soberano e com normal funcionamento das suas instituições”.
A nota do gabinete de Katembo indica que “a região fronteiriça do Congo Central tem o seu Governo, orientado por um governador coadjuvado pelo colégio ministerial do qual a governadora de Cabinda não faz parte".
Por essa razão, “ordens e cumprimentos das normas pelas autoridades congolesas não podem e nem devem ser ditadas pela governadora de Cabinda”, diz o comunicado.
O Governo provincial de Cabinda nega, por outro lado, ter sido solicitado por CASA-CE para intervir na libertação dos militantes e do material de propaganda daquela força política e reafirma que não teve nenhum envolvimento na atitude das autoridades congolesas.
A nota concluiu pedindo aos seus mentores “a não praticarem actos desaabonatórios do processo democrático”.
Caravana detida
Na sexta-feira, 9, uma caravana da CASA-CE, que se dirigia para a província de Cabinda, no âmbito da sua agenda eleitoral, foi retida na fronteira do yema, pelas autoridades congolesas.
Américo Chivukuvuko, que chefiava a comitiva, denunciou que ele e o Secretário Nacional de Informação e Imagem,Felix Miranda foram detidos e algemados pelas autoridades congolesas durante 24 horas.
Chivukuvuko acusou a governadora de Cabinda, Aldina Matilde da Lomba Katembo, de ter instigado as autoridades congolesas a prenderem o material de campanha para sabotar a campanha eleitoral daquela formação política.
A delegação foi posta em liberdade nas primeiras horas de sábado.