O Governo da provincia angolana da Huíla promete ajudar as populações afectadas pela seca a vender o seu gado a um preço mais competitive, sem, no entanto, dizer como o irá fazer.
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Apesar afectadas pela fome, algumas das comunidades são detentoras de grandes quantidades de animais, como o gado bovino, que acaba desvalorizado no mercado, sobretudo em tempo de aperto.
O governador da Huíla, Nuno Dala, entende ser preciso mudar o quadro e começar a tirar proveito da venda principalmente nas zonas afetadas pela seca.
“É a riqueza que eles têm, não devem vender a preços que estão a ser praticados a 50 mil kwanzas, quem estiver a fazer este preço nós teremos (Estado) que assumir comprar a preços fixos”, afirma Dala, lembrando que “aqui foi aprovado que o gado deve custar de 100 mil a 500 mil kwanzas, vamos discutir por cabeça vamos discutir para acharmos uma média”.
Entretanto, a fome que se regista na região sul pode ter repercussões em todo o país se não for vista com muita atenção pelo Governo central.
Ângelo Kapwacha, das organizações da sociedade civil, lembra o papel de celeiro de Angola que o sul ostenta para alertar sobre a situação.
“Como a seca foi quase no país todo, a médio prazo teremos também estas reações em termos de fome no norte. Aquelas regiões que menos produzem que deviam esperar das colheitas deste lado também estarão afetadas pela fome por isso esta é uma preocupação de carácter mais nacional do que provinciana”, adverte aquele activista social.
Como a VOA tem noticiado, a fome no sul de Angola tem estado a fazer vítimas mortais e osganizações da sociedades civil pediram, numa reunião no mês passado, ao Governo central que declare estado de emergência na região para que possa ter acesso à ajuda internacional, ante a pior seca dos últimos 30 anos.