O Governo cabo-verdiano vai implementar a regulamentação dos órgãos digitais de comunicação social na tentativa de credibilizar a existência dos mesmos.
A directora-geral da Comunicação Social, Ineida Cabral, justifica a decisão com o facto de, neste momento, não haver clareza quanto à identificação dos órgãos digitais.
Entre as medidas que não pretendem controlar o que se escreve mas identificar a origem, será formalizada a obrigatoriedade do registo, "de forma a se evitar confusão que se pode fazer com blogues e outras publicações feitas nas redes sociais".
Cabral acrescenta que os "órgãos digitais de imprensa vão estar sob a supervisão da Alta Autoridade de Comunicação Social, tal como acontece com os demais meios de comunicação".
Com a organização do sector, Ineida Cabral acredita que se pode prevenir "certas desinformações e ou notícias falsas".
A jornalista Margarida Fontes é de opinião que, para além da regulamentação, "deve-se desenvolver uma ampla campanha de sensibilização junto das escolas, sobretudo, para que as pessoas possam ter a noção exacta da veracidade das notícias veiculadas".
Ela diz que a Associação dos Jornalistas cabo-verdianos "pode desempenhar um papel importante nessa matéria”
Por seu lado, o professor universitário, Daniel Medina aplaude a medida e vai mais longe.
O também jornalista advoga "medidas punitivas contra aqueles que publicam informações falsas nas redes sociais com o claro objectivo de manchar o bom nome e denegrir a imagem das pessoas e instituições".