Governo angolano "esclarece" que pedido ao FMI não é um resgate financeiro

José Eduardo dos Santos

O Governo angolano enviou uma nota às redacções a esclarecer que o pedido feito ao Fundo Monetário Internacional (FMI) é um Programa de Financiamento Ampliado(PFA) e não um resgate financeiro.

A proposta angolana aponta para um programa que apoie a diversificação económica a médio prazo.

Na nota, o Executivo de Luanda explica PFA (Extended Fund Facility – EFF, em inglês) como um instrumento financeiro “direcionado a reformas estruturais voltadas para a diversificação da economia, reforço da balança de pagamentos, com propósito cimeiro de fortalecer os pilares da sustentabilidade da nossa economia”

As autoridades angolanas justificam esses posicionamento com “algum desconhecimento” do assunto veiculado na imprensa nacional e internacional.

Entretanto, às 16 horas de Luanda o Ministério das Finanças vai pronunciar-se sobre o pedido.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) confirmou nesta quarta-feira, 6, ter recebido "um pedido formal das autoridades angolanas para que sejam iniciadas discussões sobre um programa económico que possa ser apoiado pela assistência financeira”.

Antes, o Ministério angolano das Finanças tinha revelado o pedido com “o objectivo de desenhar políticas macroeconómicas e reformas que restaurem o crescimento económico forte e sustentável, fortalecer a moldura institucional que suporta as políticas económicas, lidar com as necessidades da balança de pagamento, e manter um nível adequado de reservas internacionais”.

As negociações entre Angola e o FMI devem começar já em Abril nas chamadas Reuniões de Primavera da organização que acontecem no final da próxima semana em Washington.