O Governo angolano anunciou que vai realizar a partir da próxima semana encontros de com empresários ligados ao sector privado nacional para obter contribuições adicionais ao Programa de Apoio a Produção, Diversificação das Exportações e Substituições de Importações (PRODESI).
Your browser doesn’t support HTML5
A decisão, revelada na semana passada em Luanda, pelo ministro da Economia e Planeamento, Pedro Luís da Fonseca, foi tomada pela Comissão Económica do Conselho de Ministros.
Segundo o Executivo, a intenção é colher contribuições da comunidade empresarial do país, tendo em conta a importância do sector na implementação do programa, que visa acelerar a diversificação da produção nacional, por via do fomento de fileiras exportadoras em sectores não petrolíferos e com potencial de substituição de importações.
O presidente da Associação Industrial Angolana (AIA), José Severino, considera que as propostas do Governo devem ter como base a descentralização da gestão cambial deixando que tudo se decida a partir de Luanda.
Aquele líder associativo defende que o Estado deve se comprometer a comprar o que se produz no campo.
Por sua vez o presidente da Associação para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA), Belarmino Jelembi, considera que a participação do sector privado na diversificação económica é automática e não precisa de ser decretada.
Jelembi afirma que o que deve mudar são as anteriores regras em que os políticos são, ao mesmo tempo, empresários.
Num recente encontro com empresários nacionais, o Presidente da República, João Lourenço, pediu o envolvimento do empresariado privado no desenvolvimento económico e social do país e defendeu que compete-lhe criar empregos e produzir bens e serviços.