Governo angolano diz que falta de comunicação está na origem da crise de combustívies

Lourenço convoca responsáveis e toma medidas para regularização do abastecimento

O Presidente angolano, João Lourenço, e responsáveis dos sectores dos petróleos e das Finanças concluíram “ter havido falta de diálogo e comunicação entre a Sonangol e as diferentes instituições do Estado, o que terá contribuído negativamente no processo de importação de combustíveis”.

Num encontro realizado nesta terça-feira, 7, no Palácio Presidencial, de acordo com uma nota da Casa Civil, foram “tomadas medidas e mobilizados todos os recursos necessários para a completa estabilização do mercado de abastecimento dos combustíveis nos próximos dias”.

O encontro aconteceu depois de ontem João Lourenço ter pedido um relatório sobre as causas da crise de combustíveis que, de acordo com a Sonangol, prende-se com falta de divisas para compras no exterior e ao calote dos clientes.

Na reunião de ontem, estiveram presentes os ministros dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Azevedo, Energia e Águas, João Baptista Borges, e Finanças, Archer Mangueira, bem como o governador do BNA, José de Lima Massano, e o Presidente do Conselho de Administraçãoda Sonangol, Carlos Saturnino.

A nota da Casa Civil não avança detalhes do relatório solicitado por Lourenço, mas apela à compreensão de todos não obstante reconhecer “os constrangimentos a que estão sujeitos com a situação criada”.

Desde a semana passada, os motoristas angolanos têm feito filas enormes para comprar combustível que continua escasso nas bombas.