O Conselho de Ministros de Moçambique na terça-feira, 20, que o registo de eleitores passa para o período de 19 de Março a 17 de Abril.
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Inicialmente, o processo estava agendado para 1 de Março a 29 de Abril.
Para o governo, a razão é simples: Evitar que o recenseamento colida com o período da 2ª volta da eleição intercalar na autarquia de Nampula.
Organizações da sociedade civil, ligadas aos processos de observação eleitoral, dizem que a alteração do calendário é algo inevitável, mas apelam a seriedade.
Alberto Manhique, do Fórum de Monitoria Eleitoral, diz que, apesar do novo calendário ser apertado, em função de tudo que precisa ser feito até a realização das eleições autárquicas de 10 de Outubro, a alteração pode não ter muito influência.
Contudo, Manhique alerta que os órgãos eleitorais têm um papel fundamental, para que o recenseamento eleitoral não venha ressuscitar os fantasmas da primeira volta da intercalar de Nampula.
“Quinze dias não podem comprometer todo um processo, desde que, o STAE (Secretariado Técnico de Administração Eleitoral) assuma este processo com muita responsabilidade, tendo em conta que todos nós ficamos beliscados com a desorganização da intercalar de Nampula (…) o receio poderá residir nesse prisma” afirma Manhique.