O recém nomeado governador de Benguela, Rui Falcão, recusou pronunciar-se sobre a controvérsia em redor de uma clnica privada que opera a partir de instalações do hospital estatal da cidade.
Your browser doesn’t support HTML5
Falcão que falava numa visita ao hospital disse não poder pronunciar-se sobre a questão por não ter ainda todos os dados sobre o assunto.
’Não achei nada, constatei apenas, para depois saber como funciona,” disse Rui Falcão.
“Não tenho avaliação a fazer porque não sei o que esteve na base desta decisão’’, acrescentou.
O jurista Francisco Viena, secretário provincial da CASA-CE, questiona os benefícios para um hospital a braços com inúmeras dificuldades.
‘’O Ministério da Saúde prossegue fins públicos, por isso pergunto o que esta empresa paga ao hospital, qual é contrapartida?’’, inerrogou Viena quem uma ‘’empresa privada (está) a aproveitar-se de um bem público para o enriquecimento ilícito’’.
A clínica privada que funciona no Hospital Geral de Benguela lucra em média 14 milhões de Kwanzas/mês, acima de oitenta mil dólares, quando a unidade pública lamenta a falta de recursos até para material gastável.
A clínica opera a partir da transformada enfermaria número 4, que atendia a casos de oftalmologia e otorrino
Rui Falcão disse que as autoridades tiveram que “reduzir a distribuição de medicamentos aos postos (de saúde) por falta de recursos”.
“Então, estamos a dar apenas aos hospitais maiores para que possamos responder a procura já que se espalharmos por todos os postos, acabamos por não servir ninguém’’, acrescentou
Contactada, a administração não comenta a dívida contraída na altura da visita de João Lourenço, há um mês, nem entra nas receitas da Afrivida, mas avança que as limitações continuam, obrigando a cuidados especiais só nos serviços de reanimação e no bloco operatório.
Não foi possível obter pronunciamentos da estrutura directiva da proprietária da clínica em causa, também chamada de enfermaria internacional.