Paciência e esperança em dias melhores é o apelo dirigido às populações da província da Huíla pelo governador, Luís Nunes, mas rejeitado pelo líder provincial da oposição.
Your browser doesn’t support HTML5
Para o governante apesar de um ano particularmente difícil sobretudo em termos financeiros, muito tem sido feito em prol das populações, pelo que todos se devem unir em remar para o mesmo sentido.
“Agora queremos é que todos estejamos juntos num momento difícil como este! Só criticar é fácil falar é fácil!”, disse.
As palavras de Luís Nunes foram proferidas após a entrega de duas escolas novas ao gabinete local da educação e lançamento de um projeto de eletrificação de um bairro na periferia da cidade do Lubango no quadro do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIMM).
Para o director executivo da Associação Construindo Comunidades (ACC), Domingos Fingo, o apelo à paciência de Luís Nunes embora compreensível, vê-se ultrapassado no tempo pelos velhos problemas sociais básicos.
Fingo disse que muitos anos após a independência o país não consegue “dar o mínimo de serviços indispensáveis”.
"Quando pretendemos falar de desenvolvimento alguns fatores fundamentais devem ser tidos em consideração como água, energia elétrica, saúde, educação, vias de acesso. Se essas componentes todas estiverem bem, obviamente que a população não tem dificuldade de viver”, acrescentou.
Igualmente crítico, o secretário provincial da UNITA na Huíla, Augusto Samuel, diz que os apelos à paciência nesta fase não colhem face às inúmeras promessas falhadas.
“Essas promessas de que o povo tenha paciência o amanhã será melhor o futuro começa agora produzir mais para distribuir melhor, isso vemjá de há 45 anos para cá”, afirmou.
“São 45 anos de promessas falhadas! Não vale apenas prometer para mais tempo porque eles nunca vão resolver este problema porque a política deles não se coaduna com o desenvolvimento do país, eles estão formatados a enriquecer grupos ”, acrescentou.