Líderes reunidos na Cimeira da União Africana (UA) pediram no sábado (5) que o continente tenha um papel maior no cenário internacional, numa altura em se esforça para ter uma resposta coordenada aos desafios de golpes de Estado, COVID-19 e mudanças climáticas.
A UA, formada há 20 anos para promover a cooperação regional, tomou pouca acção decisiva diante de seis golpes ou tentativas de golpe em África, nos últimos 18 meses, e essas tomadas de poder à força estavam no topo da agenda da cimeira.
Veja Também Guiné-Bissau: Analista diz que envio de missão da CEDEAO “cheira mais à farsa”Embora o bloco tenha decidido suspender Burkina Faso, Mali e Sudão, após os golpes militares, não está claro se tal teve algum efeito sobre os novos líderes desses países.
Etiópia e Covid-19
O presidente da Comissão da UA, Moussa Faki Mahamat, disse aos líderes na cerimónia de abertura que a situação de segurança em África exigia que o bloco adoptasse uma nova abordagem e pediu "solidariedade inter-africana mais activa".
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, dirigiu-se aos líderes por videoconferência e repetiu pedidos de cessar-fogo no conflito etíope, que eclodiu em novembro de 2020 e matou milhares.
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O primeiro-ministro etíope Abiy Ahmed usou o seu discurso para pedir um assento permanente para a África no Conselho de Segurança da ONU e instou a UA a formar um órgão continental para combater a "representação negativa d África na imprensa".
Os esforços da UA para combater a pandemia também estão na agenda da cimeira.
Depois de países ricos acumularam vacinas COVID-19, por meses, no ano passado, as nações africanas finalmente começaram a receber suprimentos maiores em novembro. Mas a região está muito atrás das metas globais de vacinação, em parte devido a desafios logísticos.
Os governos esperam que a criação, no ano passado, de um regulador de medicamentos em todo o continente, a Agência Africana de Medicamentos, possa ajudar a África a combater as desigualdades.
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