Ginásio milionário para deputados continua a dividir os angolanos

Assembleia Nacional, Luanda

O governo angolano continua a ostentar extravagâncias na gestão dos
recursos públicos, fazendo ouvidos de mercador à grave crise
alimentar no pais, como consequência do fenómeno da seca e da crise
económica e financeira que efecta várias famílias.

À semelhança do milionário "Bairro dos Ministérios", com 28 edifícios
ministeriais e várias unidades de apoio, o tema do ginásio está a
gerar grande polémica em Angola e a intenção do governo está a ser
muito criticada.

Em causa está um decreto presidencial, através do qual João Lourenço autoriza a aquisição do material avaliado em
mais de 79 milhões de dólares para montar um ginásio e mobilar
escritórios na Assembleia Nacional.

Se para o caso da milionária construção do “Bairro dos Ministérios” o
governo parece ter recuado da decisão, depois das criticas que
surgiram em catadupa, quanto ao ginásio dos deputados tudo mostra que
a intenção é mesmo avançar.

As autoridades angolanas sustentam que a criação de um ginásio para
os deputados é consequência do acordo inicialmente estabelecido com o
empreiteiro da nova sede do
parlamento.

Por outro lado, consideram tratar-se de um procedimento normal, a
criação de condições suficientes para os parlamentares desfrutarem de
um espaço para exercícios físicos.

No encerramento de mais um ano parlamentar, cuja cerimónia aconteceu
na última semana, além do balanço dos deputados, o assunto da
criação do ginásio voltou a ser colocado.

O facto divide as opiniões entre os próprios deputados, sendo que
alguns defendem que o pais tem outras prioridades para atender, cujas
soluções, o governo não tem conseguido definir uma estratégia.

Para falar sobre o assunto, ouvimos os deputados Lucas Ngonda da FNLA, e Alexandre Sebastião André, da CASA-CE, o analista político José Costa
e o economista Carlos Rosado de Carvalho.

Acompanhe:

Your browser doesn’t support HTML5

Ginásio milionário para deputados continua a dividir os angolanos