O Tribunal Provincial da Huíla ordenou a detenção do antigo presidente do Conselho de Administração da Sociedade de Desenvolvimento Agrícola da Matala, (SODMAT).
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Luís Salvaterra e três outros administradores da referida sociedade estão indiciados do crime de peculato por desvio de cerca de quatro milhões de dólares norte-americanos da empresa criada em 2006 em que o Estado era o maior acionista.
O sub-Procurador da República na Huíla, Hernâni Beira Grande que confirmou a detenção, disse que o crime despoletado em 2012 impõe a mais dura medida de coação.
"Os arguidos foram acusados num crime de peculato previsto e punido pela conjugação dos artigos 313, 437 e 421 número 5 do código penal. Já o processo em tribunal eles acabaram por serem recolhidos à cadeia porque pela moldura penal a ser aplicada ao crime não permite liberdade provisória, mas mediante decisão judicial", justificou.
À SODMAT competia a gestão e administração do polo industrial criado em torno do perímetro irrigado de 42 quilómetros do município da Matala com realce para uma fábrica de concentrado de tomate.
Segundo o Ministério Público o objecto social da empresa foi colocado em causa pelos agora arguidos.
"Competia ao Conselho de Administração gerir todos os negócios sociais efectuar as operações relativas à materialização do objecto social dentro dos limites legais e da escritura da sociedade o que não veio a acontecer. Os valores acabaram por ser utilizados indevidamente pelos arguidos razão da existência deste processo-crime", acrescentou o sub-Procurador da República na Huíla.
Domingos Paulo, Camilo Miguel José e Ernesto Gonçalves são os três antigos administradores da empresa igualmente constituídos arguidos.