Editora acusada de "calúnia e injúria" por ter publicado "Diamantes de Sangue. Tortura e Corrupção em Angola"
Diversas personalidades político militares angolanas iniciaram uma acção em tribunal contra uma editora portuguesa que publicou o livro “Diamantes de Sangue. Tortura e Corrupção em Angola” do activista angolano Rafael Marques.
A agência de notícias portuguesa Lusa disse que o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa notificou a editora portuguesa Tinta da china Barbara Bulhosa de que deverá dirigir-se às suas instalações, a 24 de Janeiro de 2013, "a fim de ser constituída e interrogada enquanto arguida", no processo instaurado em Portugal por vários generais angolanos contra Rafael Marques, "por calúnia e injúria".
As personalidades envolvidas que Marques acusou de envolvimento em crimes através da sua participação em companhias envolvidas na extracção de diamantes sao os generais Hélder Vieira Dias, mais conhecido como "Kopelipa", ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Carlos Vaal da Silva, inspector-geral do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), Armando Neto, ex-Chefe do Estado-Maior General das FAA, Adriano Makevela, chefe da Direcção Principal de Preparação de Tropas e Ensino das FAA, João de Matos, ex-Chefe do Estado-Maior General das FAA, Luís Faceira, ex-chefe do Estado-Maior do Exército das FAA, António Faceira, ex-chefe da Divisão de Comandos, António dos Santos França "Ndalu", ex-Chefe do Estado Maior-General das FAA, e Paulo Lara.
O jornalista e activista angolano acusa-os, no livro publicado em Setembro de 2011, resultante de uma investigação iniciada em 2004, de torturar e matar trabalhadores da extracção mineira na região diamantífera das Lundas, sobretudo nos municípios do Cuango e Xá-Muteba.
Em Novembro do ano passado Rafael Marques apresentou, a 14 de novembro do ano passado, em Luanda, uma queixa-crime contra esses generais, por "actos quotidianos de tortura e, com frequência, de homicídio" contra as populações dos municípios abrangidos pelas concessões mineiras.
A procuradoria geral da república angolana rejeitou as queixas em Junho deste ano afirmando não terem fundamento.
Em resposta às acusações do jornalista os generais decidiram processá-lo a 09 de novembro deste ano, por "calúnia e injúria" em Portugal, país onde o livro foi publicado, e estendem agora as acusações à editora portuguesa.
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A agência de notícias portuguesa Lusa disse que o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa notificou a editora portuguesa Tinta da china Barbara Bulhosa de que deverá dirigir-se às suas instalações, a 24 de Janeiro de 2013, "a fim de ser constituída e interrogada enquanto arguida", no processo instaurado em Portugal por vários generais angolanos contra Rafael Marques, "por calúnia e injúria".
As personalidades envolvidas que Marques acusou de envolvimento em crimes através da sua participação em companhias envolvidas na extracção de diamantes sao os generais Hélder Vieira Dias, mais conhecido como "Kopelipa", ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Carlos Vaal da Silva, inspector-geral do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), Armando Neto, ex-Chefe do Estado-Maior General das FAA, Adriano Makevela, chefe da Direcção Principal de Preparação de Tropas e Ensino das FAA, João de Matos, ex-Chefe do Estado-Maior General das FAA, Luís Faceira, ex-chefe do Estado-Maior do Exército das FAA, António Faceira, ex-chefe da Divisão de Comandos, António dos Santos França "Ndalu", ex-Chefe do Estado Maior-General das FAA, e Paulo Lara.
O jornalista e activista angolano acusa-os, no livro publicado em Setembro de 2011, resultante de uma investigação iniciada em 2004, de torturar e matar trabalhadores da extracção mineira na região diamantífera das Lundas, sobretudo nos municípios do Cuango e Xá-Muteba.
Em Novembro do ano passado Rafael Marques apresentou, a 14 de novembro do ano passado, em Luanda, uma queixa-crime contra esses generais, por "actos quotidianos de tortura e, com frequência, de homicídio" contra as populações dos municípios abrangidos pelas concessões mineiras.
A procuradoria geral da república angolana rejeitou as queixas em Junho deste ano afirmando não terem fundamento.
Em resposta às acusações do jornalista os generais decidiram processá-lo a 09 de novembro deste ano, por "calúnia e injúria" em Portugal, país onde o livro foi publicado, e estendem agora as acusações à editora portuguesa.