O general angolano António de Andrade, da Sociedade Ilico Comércio Geral e Prestação de Serviços e que está envolvido numa disputa de um imóvel em Luanda com investidores americanos da empresa Africa Growth Corporation (AFGC) disse nesta quarta-feira, 7, à VOA que está ser injustiçado pelo Estado e acusa a justiça do país de o ter “condenado antes de ser julgado”.
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Em declarações a propósito da sua recente expulsão do imóvel em litígio, o general na reforma acusa o Estado de alegadamente estar “ refém de interesses estrangeiros” e exige “tratamento especial”.
António de Andrade diz que o recente pronunciamento da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o processo cível que decorre na justiça, configura uma intromissão deste órgão num assunto que apenas diz respeito ao tribunal.
O oficial general acusa a PGR de o ter colocado sob o Termo de Residência e de Identidade como forma de o intimidar e que o acto da sua expulsão do imóvel “ocorreu com a maior arruaça para o intimidar e humilhar”.
Andrade assegura não ser verdade que não tivesse acatado a medida do tribunal quando recebeu a primeira ordem de se retirar do imóvel em disputa com o argumento de que “ qualquer providência cautelar tem limites.
Depois de acusar a PGR de ter “dois pesos e duas medidas” o general afirma temer pela sua vida dada a forma como passou a ser publicamente tratado.
Recorde-se que na semana passada, o jornal americano The Hill, que concentra as suas actividades na cobertura do Congresso americano, assegurou, que a companhia americana contratou uma companhia de lobby para levar congressistas e o FMI a bloquearem a ajuda a Angola, devido à disputa com a sociedade do general angolano António Andrade.
Na sexta-feira, 2, a PGR emitiu um comunicado a informar que o prédio em questão foi devolvido à empresa americana.