Gafanhotos dizimam culturas no Kuando Kubango e Cunene

Praga de gafanhotos em Onjiva, Cunene. 11 Abril 2021

Avisos de agudização da fome depois dos gafanhotos devorarem todas as lavras em várias zonas do Cunene.

Uma praga de gafanhotos está a dizimar culturas no sul de Angola fazendo agudizar ainda mais a possibilidade de fome na região.

Uma invasão de milhões dos insectos que antes de poisarem parecem nuvens escuras de chuvajá arrasou culturas de camponeses no Kuando Kubango e no Cunene

Nesta última provincia os gafanhotos devoraram todas as lavras localizadas em mbala yo mungo, marco 12 Mongua e Caluheque.

A informação foi prestada pelas comunidades locais que perderam as suas culturas. Desconhece-se até aqui os estragos causados na da cintura verde do Cunene em Cuvelai.

No Kuando Kubango até as árvores têm sido atacadas pelos insectos.

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Gafanhotos destroem culturas no Kuando Kubango - 1:55


O ministro angolano da Aricultura, Pescas e Florestas, António Assis avisou que ‘é de prever “novas incursões nos próximos dias” acrescentando que é preciso começarem a tomar-se medidas adequadas para lidar com o problema.

“Nós vimos quer no Cunene como no Kuando Kubango algumas práticas, as famílias, os cidadãos ....usam as armadilhas tradicionais, tocam as latas para tentar afugentar, isso não resolve o problema”, disse.

Em Ondjiva no Cunene o Padre Gaudencio Felix Yakulengue disse que a passagem dos gafanhtos pela cidade no fim-de-semana foi “assustadora” e residentes mais velhos disseram “nunca ter visto uma situação daquelas”.

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Gafanhotos no Cunene - 2:28


O sacerdote católico disse ser urgente fazer-se agora uma avaliação dos estragos causados pela praga.

O padre Yakulengue disse que a história poderá estar a repetir-se j’a que no final de século 19 e princípio do século passado “houve uma conjugação de praga de gafanhotos, fome e ao mesmo tempo doenças”.

“Hoje podemos fazer uma leitura comparativa e temos para além da seca, os gafanhotos e a Covid-19”, acrecentou.

O empresário Jeronimo António fez notar que as autoridades foram apanhadas de supresa apesar de jornais do Botswana e Namibe terem-se referido ao problema dos gafanhotos a caminho doterritório angolano há 15 ou 20 dias atrás.

António apelou às autoridades para “acompanharem” o desenrolar da praga “para não surpreenderem os fazendeiros”