Félix Tshisekedi pede dignidade na deportação de congoleses

Présidentes Félxi Tshsiekedi e de Angola João Lourenço

O Presidente da República Democrática do Congo (RDC), Félix Tshisekedi, pediu que as autoridades angolanas tratem com respeito os seus cidadãos, alvo de deportação, numa conferência de imprensa após um encontro mantido com João Lourenço nesta terça-feira, 5, em Luanda.

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Tshisekedi em Luanda 2:11

Na sua primeira visita ao exterior depois da posse, o novo Presidente da RDC e o seu homólogo angolano destacaram a importância das relações entre Luanda e Kinshasa.

João Lourenço disse ter chegado a acordo com o seu homólogo de “passar das velha intenções a projectos concretos”.

O estadista angolano acrescentou que o facto de os dois país se situarem numa região que considera “turbulenta”, a questão de segurança comum não deve ser esquecida quer por cada um dos países individualmente quer por toda a região dos Grandes Lagos .

Por seu turno, o Presidente Felix Tshisekedi também apontou o desemprego como estando na origem da emigração dos cidadãos para os países vizinhos “em busca de sobrevivência”.

Ao abordar a vaga de expulsões de Angola de cidadãos do seu país, Tshisekedi disse compreender que o país esteja a assegurar a sua soberania, mas defendeu que os visados devem ser repatriados "com alguma dignidade, permitindo que todos possam levar os seus bens adquiridos" em Angola.

O novo Presidente da RDC pediu uma maior cooperação entre os serviços migratórios dos dois países e reiterou que os seus cidadãos vêm a Angola “por instinto de sobrevivência e não para causar instabilidade”.

Felix Tshisekedi acrescentou serem normais as contestação das últimas eleições tendo ressaltado o facto de o pleito ter sido o primeiro que se realizou no seu país e que não resultou “em banho de sangue”.

Ele disse que os contestatários não foram capazes da apresentar as provas em como tinham sido vencedores.

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Lourenço realçou a necessidade da segurança nas fronteiras entre os dois países e considerou as relações económicas como fulcrais para o desenvolvimento da República Democrática do Congo e de Angola.

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