As organizações não governamentais em Angola deparam-se com imensas dificuldades para se manterem em funcionamento, havendo algumas que praticamente não realizam actividades, principalmente por falta de recursos.
A partir de agora, algumas poderão, no entanto, ter acesso a financiamento do Fundo Soberano que apresentou hoje a sua Missão Social, uma iniciativa que vai disponibilizar cerca de 7.5 por cento da sua dotação a projectos que gerem impacto directo na vida dos angolanos.
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Algumas organizações dizem que a missão vai estimular uma maior criatividade, mas outras desconhecem como se candidatar ao Fundo.
Ajuda de Desenvolvimento de Povo para Povo (ADPP), organização que se beneficia do apoio da Missão Social do Fundo Soberano, diz que a iniciativa demonstra o despertar do Governo angolano para apoiar as iniciativas com impacto na vida das pessoas.
Nunes Chionga, director da escola ADPP no município do Cazenga, afirma ser também “um reconhecimento do que a ADPP vem fazendo a nível da educação, mas o resultado do despertar do Governo para apostar na educação”.
Entretanto, o coordenador da Associação SOS-Habitat diz desconhecer os critérios de acesso aos apoios da Missão Social do Fundo Soberano, mas Rafael Morais, felicita a iniciativa e “espera que seja alargada a outras organizações”.
“Eu até nem sei onde está aplicado nem tao pouco cheguei a tomar nota deste fundo, mas é bem-vindo”, reiterou.
Na apresentação da Missão Social do Fundo Soberano nesta terça-feira, em Luanda, entretanto, não foram revelados nem os critérios nem o número de organizações já beneficiadas.