Os funcionários públicos do Zimbabwe rejeitaram uma segunda proposta do governo de aumento de salário e exigiram ser pagos em dólares, dias depois de protestos que culminaram com a morte de pelo menos três pessoas.
Centenas de zimbabweanos foram detidos na sexta-feira, 18 de janeiro, enquanto as Nações Unidas apelaram ao fim da repressão e do bloqueio da Internet.
Os zimbabweanos, que viram o seu poder de compra desaparecer devido à crescente inflação, apesar da adopção do dólar em 2009, dizem que o Presidente Emmerson Mnangagwa não está a cumprir com as promessas da campanha eleitoral de impulsionar o crescimento económico depois da saída de Robert Mugabe.
Veja Também Trabalhadores moçambicanos da Embaixada do Zimbabwe em greveEmmerson Mnangagwa propôs aumentar o salário de 305 mil funcionários públcios, incluindo as forças de segurança, em 300 milhões de dólares para o período de Abril a Dezembro, um aumento que equivale a uma média de 109 dólares por funcionário.
No entanto, os funcionários públicos exigem não só serem pagos na moeda americana, mas também que o salário mais baixo de 414 dólares aumente para 1700 dólares, um aumento de cerca de quatro vezes mais o actual salário.
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