Funcionário da Guarda Presidencial desaparecido há uma semana

Angola Antonio Ndongala

A confirmação foi feita à VOA por familiares de António Nsiona Neto Ndongala.
O funcionário da base de logística da Casa de Segurança da Presidência da República, no bairro Kikolo, António Nsiona Neto Ndongala, encontra-se desaparecido desde o passado dia 18 de Fevereiro.

A confirmação foi feita à VOA por familiares de Ndongala como é conhecido.

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Funcionário da Guarda Presidencial desaparecido - 1:40


No passado dia 18 de Fevereiro de 2014, por volta das 11 horas, um dos colegas de Ndongala, de apelido Soares, perguntou-lhe se ainda tinha a preocupação de resolver o problema no banco porque tinha um amigo na agência do Banco de Poupança e Crédito, no bairro do Golf 2.

Com a resposta afirmativa de Ndongala, saíram e apesar de terem passado por outras agências do referido banco, o que deixa a família intrigada, António Nsiona Neto o Ndongala tomou o extracto que necessitava e levantou 42 mil kuanzas, cerca de 420 dólares.

A partir daí, de acordo com fontes familiares, Ndongala não foi mais visto, tendo o amigo Soares, que falou com a família apenas por telefone, dito que cada um tomou o seu caminho.

Entretanto, a família estranha que Soares, a única referência que tem do amigo de Ndongala, se recuse a aparecer para prestar mais informações. Até agora, os familiares já foram aos hospitais, casas mortuárias, cadeias” e não encontraram nenhum vestígio.

Do lado da Casa Militar o silêncio é total e a família não consegue falar com os comandantes.

A polícia está por dentro do assunto, mas ao que informou aos familiares de Ndongala não pode fazer nada porque dentro da Guarda Presidencial só a Polícia Militar pode actuar. Esta, por sua vez, diz que sem o nome e mais dados do amigo Soares não pode fazer nada.

António Nsiona Neto Ndongala é funcionário da Guarda Presidencial há 30 anos, casado e pai de 8 filhos, trabalha de segunda a sábado e aos domingos vai à Igreja regressando de imediato a casa, segundo contam os seus familiares.

A família diz desconhecer qualquer acto ou actividade Ndongala que possa estar na origem do seu desaparecimento desde o dia 18.