A Frelimo, no poder em Moçambique, poderá eleger um novo secretário-geral, em substituição do actual, que vem do tempo da presidência de Armando Guebuza.
Para analistas, a reunião do Comité Central nesta sexta-feira pode ser início da "era Nyusi" à frente do partido no poder.
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Frelimo poderá ter novo secretário-geral 3:00
O porta-voz da Frelimo, Damião José admitiu hoje num encontro com jornalistas a hipótese de ser eleito um novo secretário-geral.
O Comité Central é o órgão deliberativo do partido entre congressos e esta vai ser a segunda vez que se reúne em sessão extraordinária.
Nos meios académicos, a antiga primeira-Ministra, Luísa Diogo, tem sido apontada como tendo possibilidades de ser eleita no cargo, mas nas hostes frelimistas afirma-se que isso está fora de hipótese.
Neste encontro, com a duração prevista de um dia, vão ser escolhidos quatro novos secretários para as diferentes áreas de "governação partidária", em substituição de outros tantos eleitos deputados da Assembleia da República nas legislativas de 2014.
A eleição dos novos secretários responde a uma directiva partidária sobre incompatibilidades, que determina que nenhum membro deve acumular funções, sendo um dos abrangidos o próprio porta-voz da Frelimo, que é secretário para a Mobilização e Propaganda.
Damião José esclareceu que "há uma reflexão que temos estado a fazer dentro do partido, que tem a ver com a necessidade de desacumulação de funções. No âmbito desta reflexão, pode acontecer que alguns camaradas secretários que neste momento não estão abrangidos pela incompatibilidade, venham a cessar funções".
Entretanto, o sociólogo Francisco Matsinhe considera que a eleição de novo secretário-geral é fundamental para a própria Frelimo, porque "é preciso dar uma nova dinâmica ao ~artido".
Aquele académico afirmou ainda que nos últimos sete meses, o Presidente da República, Filipe Nyusi, fez mudanças profundas ao nível do Governo e que "estas alterações são também necessárias no seio da Frelimo".