Continua o diálogo de surdos com discursos e acções desencontrados entre as duas principais forças moçambicanas, enquanto a crise segue.
O diálogo político entre o Governo e a Renamo está encalhado desde o inicio há cerca de um ano.
Houve muitas sessões, mas poucos progressos. O primeiro obstáculo foi o da definição dos termos de referência, e depois a revisão da lei eleitoral e agora a necessidade de facilitadores nacionais e observadores internacionais, exigidos pela Renamo.
A maior parte do tempo do diálogo foi consumida sem sucesso na discussão da revisão da lei eleitoral, com a Renamo a exigir paridade numérica com a Frelimo na Comissão Nacional de Eleições.
Por causa do aumento do volume de impasses, a Renamo colocou na mesa a necessidade da presença de facilitadores nacionais e observadores da SADC, União Africana, União Europeia e dos Estados Unidos da América.
O governo negou o pedido da Renamo durante muitas sessões, mas acabou cedendo a apenas entrada de facilitadores nacionais, sem aval formal por escrito e por isso a delegação da Renamo não aceita regressar a mesa.
Segundo o Chefe da equipa, Saimone Macuiane, se o governo formalizar a participação dos facilitadores e observadores, o diálogo será retomado a partir desta quarta-feira. Mas até o fim da tarde de hoje, 17, não havia indicação de que o governo tinha formalizado a participação.
Numa tentativa de mostrar ao público o mau da fita nesta novela de diálogo de surdos, a delegação do governo foi ontem ao centro de conferências onde decorrem as conversações e convidou a imprensa para dizer que a Renamo faltou.
Entretanto, a opinião pública está muito desgastada com a falta de progressos no diálogo entre as duas partes. O mais grave é que no meio destes impasses têm havido ataques armados da Renamo que já mataram mais de 10 pessoas, provocaram vários feridos e danos materiais avultados.
Houve muitas sessões, mas poucos progressos. O primeiro obstáculo foi o da definição dos termos de referência, e depois a revisão da lei eleitoral e agora a necessidade de facilitadores nacionais e observadores internacionais, exigidos pela Renamo.
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A maior parte do tempo do diálogo foi consumida sem sucesso na discussão da revisão da lei eleitoral, com a Renamo a exigir paridade numérica com a Frelimo na Comissão Nacional de Eleições.
Por causa do aumento do volume de impasses, a Renamo colocou na mesa a necessidade da presença de facilitadores nacionais e observadores da SADC, União Africana, União Europeia e dos Estados Unidos da América.
O governo negou o pedido da Renamo durante muitas sessões, mas acabou cedendo a apenas entrada de facilitadores nacionais, sem aval formal por escrito e por isso a delegação da Renamo não aceita regressar a mesa.
Segundo o Chefe da equipa, Saimone Macuiane, se o governo formalizar a participação dos facilitadores e observadores, o diálogo será retomado a partir desta quarta-feira. Mas até o fim da tarde de hoje, 17, não havia indicação de que o governo tinha formalizado a participação.
Numa tentativa de mostrar ao público o mau da fita nesta novela de diálogo de surdos, a delegação do governo foi ontem ao centro de conferências onde decorrem as conversações e convidou a imprensa para dizer que a Renamo faltou.
Entretanto, a opinião pública está muito desgastada com a falta de progressos no diálogo entre as duas partes. O mais grave é que no meio destes impasses têm havido ataques armados da Renamo que já mataram mais de 10 pessoas, provocaram vários feridos e danos materiais avultados.