O general angolano Bento Kangamba disse na Segunda-feira, 10, à VOA que os portugueses perseguem os angolanos com dinheiro, em reacção aos bens que lhe foram apreendidos recentemente em Portugal. O professor universitário e antigo coordenador do Bloco de Esquerda Francisco Louçã diz que as investigações em curso não podem ser, de forma alguma, consideradas de perseguição aos angolanos ricos.
Em declarações à VOA, Louçã lembra as condenações e acusações contra Kangamba em vários países e diz que as “os processos que há agora em Portugal são só uma pequeníssima parte dos processos que há em muitos países diferentes”.
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Segundo Louçã, as relações bilaterais Angola / Portugal não podem ser afectadas por jogos de interesse, acrescentando que o peso do investimento angolano em Portugal, embora em sectores estratégicos, não é ainda determinante.
Estima que muito dificilmente Isabel dos Santos conseguirá ver aceite a sua Oferta Púbica de Aquisição da PT, apesar de pretender melhorar a sua proposta.
Louçã publicou há quase um ano a obra “Os donos angolanos de Portugal”, juntamente com Jorge Costa e João Teixeira Lopes”, na qual denuncia os esquemas de políticos angolanos, com Kangamba como figura de proa, que na altura já preocupavam as autoridades judiciais brasileiras e francesas.