O Papa Francisco confrontou neste domingo, 27, o abuso sexual de crianças por parte de determinados padres ao encontrar-se com cinco vítimas, tendo manifestado a sua esperança de que se faça justiça.
“Essas histórias de sofrimento e de dor de menores que sofreram abusos sexuais por parte de padres estão no meu coração”, disse Francisco aos bispos depois do encontro privado com três mulheres e dois homens.
“Esta desgraça continua a perturbar-me porque as pessoas que tinham o dever de cuidar desses menores, violaram—nos e provocaram uma grande dor, já que Deus condena o abuso de crianças”, enfatizou o Papa, visivelmente incomodado.
Na sua intervenção, ele felicitou os líderes religiosos pela “coragem e compromisso em cuidar as vítimas” e lamentou, por várias vezes “as dores causadas”.
Francisco não concluiu sem pedir “profundas desculpas pelo tempo que pediram ajuda e ninguém ouviu”, disse o Papa, reiterando que ele os ouve e acredita neles.
Sistema prisional que não recupera
No dia dedicado, em parte, aos mais desfavorecidos, como o Papa se têm referido a sectores menos afortunados, Francisco recebeu uma cadeira feita por detidos no maior estabelecimento prisional da Filadélfia, Curran-Fromhold
Na conversa com os presos, ele enfatizou a necessidade de tratar as pessoas e criticou os sistemas prisionais que não procuram "curar as feridas" e nem se abrem a "novas possibilidades".
"Faz mal ver os sistemas prisionais que não se preocupam em curar as feridas, aliviar a pena, oferecer novas possibilidades", revelou Francisco, dizendo que “todos nós temos necessidade de ser limpos, de ser lavados" por uma conversão interna.
Ao falar de forma directa aos presos, Francisco defendeu uma reabiliação com a intervenção deles, dos seus familiares, ds autoridades prisionais, e dos programas sociais e educativos.
“Uma reabilitação que beneficie a moral de toda a comunidade e a eleve", concluiu Francisco que ainda hoje, 27, regressa a Roma.