Forças moçambicanas combatem Estado Islâmico em Cabo Delgado

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Filipe Nyusi no Encerramento do Curso Militar em Montepuez, na Província de Cabo Delgado.

“O Daesh (Estado Islâmico), pela primeira vez, está a ser combatido a sério, em Cabo Delgado, disse o comentador português Nuno Rogeiro à televisão SIC, de Lisboa.

Em entrevista na última edição do programa "Leste a Oeste", Rogeiro disse que o grupo “está a ser derrotado, em muitos sítios”, em operações nas quais as forças moçambicanas recorrem a drones, aeronaves sem tripulação.

Daesh é o acrónimo em árabe formado pelas letras iniciais de "al-Dawla al-Islamiya fil Iraq wa al-Sham", o nome anterior do grupo Estado Islâmico.

Durante o programa, Rogeiro mostrou imagens aéreas que disse serem de elementos do Estado Islâmico em fuga após ataques das forças moçambicanas, alegadamente apoiadas pelas zimbabueianas.

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O comentador e analista citou uma mensagem de um dos chefes do Estado Islâmico, de origem ugandesa, na qual diz à população que “nós viemos para vos libertar dos porcos (...) vocês têm que adoptar a lei da Sharia. Nós havemos de voltar”.

Hoje, 5 de maio, a VOA viu na página do Facebook do comentador Nuno Rogeiro notas que dão conta de um ataque das forças moçambicanas a “principal base” do Estado Islâmico, em Cabo Delgado, denominada “Síria”.

Rogeiro escreve que “os comandantes tanzanianos e ugandeses encontram-se em fuga”.

Os ataques das forças moçambicanas ganham esta nova forma após o recente reconhecimento das autoridades de que o país é alvo de ataques terroristas.

Em cerca de três anos, ataques atribuídos ao grupo mataram, pelo menos, 900 pessoas e destruíram centenas de casas e edifícios estatais na província de Cabo Delgado.

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