Forças especiais retiraram diplomatas americanos e suas famílias do Sudão

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Diplomatas americanos retirados do Sudão

Setenta diplomatas americanos e familiares, bem como diplomatas de outros países que se encontravam no local, foram levados para a Etiópia.

Forças de operações especiais dos Estados Unidos evacuaram “com sucesso” diplomatas americanos e suas famílias que se encontravam na Embaixada em Cartum às primeiras horas deste domingo, 23.

As autoridades americanas disseram que a operação durou menos de uma hora.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, informou em comunicado no final da noite de sábado, 22, em Washington, que as operações da embaixada em Cartum tinham sido temporariamente suspensas.

Blinken acrescentou ter ordenado o encerramento temporário da embaixada devido aos “sérios e crescentes riscos de segurança criados pelo conflito entre as Forças Armadas Sudanesas e as Forças de Apoio Rápido”, que causou um número significativo de mortes e feridos civis”.

O Presidente Joe Biden, também em comunicado disse que a evacuação foi concluída e agradeceu às tropas americanas que realizaram a missão.

“Tenho orgulho do extraordinário compromisso da equipa da embaixada, que desempenhou suas funções com coragem e profissionalismo e incorporou a amizade e a conexão da América com o povo do Sudão”, disse Biden, que sublinhou estar “grato pela habilidade inigualável dos nossos militares que os levaram os diplomatas com sucesso para local seguro”.

Biden também agradeceu aos governos de Djibuti, da Etiópia e da Arábia Saudita, que, segundo ele, desempenharam um papel importante no “sucesso da nossa operação”.

Cerca de 70 americanos foram transportados de avião da embaixada para a Etiópia, revelaram as autoridades.

Diplomatas de outras países que estavam na embaixada americana no momento da evacuação também foram incluídos na operação, segundo uma fonte oficial.

As autoridades americanas disseram que o Presidente Biden deu a ordem depois de receber uma avaliação no sábado de conselheiros de segurança nacional de que os combates não tinham diminuído.

Nos últimos dias, o secretário de Estado falou várias vezes com o general Abdel Fattah Burhan, comandante das Forças Armadas Sudanesas, e com o general Mohamed Hamdan Dagalo, comandante das Forças de Apoio Rápido, conhecidas como Hemedti.

Antony Blinken pediu aos dois generais que mantenham o cessar-fogo nacional pelo menos até o fim do feriado muçulmano de Eid al-Fitr, este domingo.

Blinken reiterou esse apelo a ambos os lados na declaração emitida na noite de sábado.

Os confrontos pelo poder entre os dois generais rivais, que deram juntos o golpe em 2019, duram há oito dias já deixaram mais de 400 mortos e obrigaram milhões de pessoas a deixar a capital, Cartum.