O exército e forças paramilitares desbloquearam nesta segunda-feira, 29, várias estradas em São Tomé e Príncipe, que tinham sido obstruídas pela população que protestava pela falta de energia.
O subcomissário Isaque Penhor, segundo comandante da polícia do distrito de Água Grande, que deu a conhecer a acção conjunta das forças, justificou a decisão “com o objetivo de facilitar a circulação de pessoas e bens".
Populações das comunidades de Obô Izaquente, Almeirim, Água Arroz, Água Bobô, São Marçal e São Gabriel motaram barricadas e queimaram pneus como forma de protestar contra a prolongada crise de energia eléctrica no país.
O preço da vela também aumentou e os incêndios são mais frequentes, além de os prejuízos serem incalculáveis, segundo vários residentes.
A Empresa de Água e Eletricidade (EMAE) justifica a crise energética com a avaria de mais de 50 por cento dos seus geradores.
A produção baixou cerca de 10 megawatts, dizem os responsáveis da empresa.
Em declarações à imprensa, o ministro das Infraestruturas, Recursos Naturais e Ambiente Carlos Vila Nova, pediu calma à população.
"Esperamos ir melhorando paulatinamente essa situação e tudo indica que daqui para frente vamos conseguir fazê-lo. Pedimos que as pessoas tenham compreensão e sobretudo abstenham-se de danificar bens público", destacou Nova.
Os protestos acontecem enquanto se aguarda a formação de num novo Governo, na sequência das eleições legislativas de 7 de Outubro.