Chega nesta quarta-feira, 18, a Bissau a missão militar da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) encarregue de manter a estabilidade no país.
A decisão foi tomada Chefes de Estado e do Governo da organização a 3 de Fevereiro em Acra na sequência do ataque ao palácio do Governo no passado mês de Fevereiro.
A missão é composta por 631 homens, dos quais 140 fazem parte da unidade de polícia, 400 são militares, formados em três companhias, 50 são técnicos de saúde e uma secção de transmissão com 23 efectivos.
O Estado maior da missão é constituída por 18 oficiais.
A missão tem uma duração de 12 meses e visa apoiar a estabilização da Guiné-Bissau.
A força é composta essencialmente por militares da Nigéria e do Senegal, este último, país vizinho da Guiné-Bissau, e que esteve envolvido directamente na guerra de 7 de Junho de 1998 que opôs o general Ansumane Mané e o então Presidente da República, João Bernardo “Nino” Vieira.
Denominada MASGB, a força militar da CEDEAO tem o mandato de apoiar as Forças de Defesa e de Segurança guineenses visando manter a estabilidade na Guiné-Bissau, apoiar esforços de defesa e segurança, com vista a assegurar o Presidente da República, as entidades indicadas pela alta autoridade guineense e os cidadãos, assim como proteger os civis e melhorar as condições de segurança, conforme o direito internacional humanitário.
De referir, entretanto, que mais de 100 homens já haviam chegado a Bissau no final do mês de Abril e encontram-se instalados no Hospital Militar, em Bissau, na Base Aérea de Bissalanca, na sede do Clube de Futebol das Forças Armadas e na Presidência da República.
Esta é a terceira vez que a CEDEAO envia tropas para Guiné-Bissau.
A primeira aconteceu em 1998 durante o conflito militar, a segunda na sequência do golpe de Estado de 12 de abril de 2012, substituindo a força angolana MISSANG, e agora.
Durante a permanência da missão na Guiné-Bissau, o país vai a votos nas legislativas antecipadas de 18 de Dezembro.