O FNLA anulou o congresso extradordinário previsto Fevereiro por alegada falta de recursos financeiros, enquanto altas figuras do partido contestam a actual liderança e acusam o Tribunal Constitucional de fazer parte de uma “cabala” para a extinção da organização política.
O presidente do histórico partido angolano, Lucas Ngonda, anunciou recentemente que, por decisão do Bureau Político, o congresso extraordinário não será realizado e atribuiu competências ao Comité Central para ratificar as listas dos candidatos do partido, bem como definir a estratégia com vista às eleições gerais previstas para este ano.
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Ngonda alegou que, devido à actual crise económica, o partido não reúne condições logísticas para realizar conferências provinciais e levar os delegados a Luanda.
Em reacção, o antigo membro da cúpula da FNLA, Miguel Pinto, disse à VOA que o actual líder não tem competências para tomar decisões que apenas cabem ao congresso.
Pinto considera ainda que a crise interna na FNLA se agudizou depois que o Tribunal Constitucional chumbou o pedido de impugnação do congresso que em 2015 reconduziu o sociólogo Lucas Ngonda na liderança partidária.
O congresso extraordinário que teria lugar antes das eleições gerais previstas para este ano tinha sido aprontado como sendo de reconciliação e unidade de todos os militantes que Ngonda tem afastado do partido ao longo dos últimos anos, alegadamente, afavor de figuras que lhe são fiéis.